5 dicas indispensáveis para uma reforma mais sustentável
• 1. Pintura
A pintura é uma etapa fundamental para renovar ambientes e, hoje, existem algumas opções mais amigáveis para isso.
As tintas ecológicas, por exemplo, são produzidas a partir de produtos naturais que não emitem compostos tóxicos. A formulação costuma apresentar 80% de matérias-primas renováveis e a produção envolve menos água.
Outra opção sustentável é a pintura com cal. A técnica milenar surgiu na Grécia e chegou ao Brasil com os portugueses, que revestiram as construções de pau a pique com o material para protegê-las das intempéries. O processo é livre de COVs (compostos orgânicos voláteis), substâncias tóxicas presentes nos produtos industrializados.
• 2. Construção a seco
O drywall já é uma solução muito comum para fechamento de vãos e construção de paredes em reformas.
Normalmente, grandes placas de madeira ou de gesso são revestidas por lâminas de papel cartão, o que otimiza o tempo de obra e representa uma considerável economia no orçamento.
“A versatilidade dos materiais usados na construção a seco traz mais sustentabilidade à construção civil, já que os materiais envolvidos são 100% recicláveis e permitem personalização após a finalização”, afirma a engenheira civil Iza Valadão, com Ph.D. em Materiais e Sustentabilidade.
Além disso, os materiais envolvidos usam o mínimo de recursos naturais e geram poucos resíduos, dentro e fora do canteiro.
• 3. Revestimentos
Outro passo importante para reduzir o impacto ambiental na reforma é escolher revestimentos minimamente sustentáveis e, de preferência, que possam ser reaproveitados em futuros projetos.
Se for possível aplicá-lo sobre o piso existente, como muitos vinílicos, melhor ainda.
“A indústria nacional está investindo pesado na sustentabilidade para criar produtos que aliem qualidade, design e sustentabilidade e o que não faltam são opções atrativas”, afirma o especialista em revestimentos, Franklin Delgado.
Se optar pelo piso de madeira, verifique sua procedência através do Documento de Origem Florestal (DOF), emitido pelo Ibama.
O descarte de revestimentos também é um grande problema na construção civil, de forma que a logística reversa também se faz necessária para garantir uma economia circular.
• 4. Energia renovável
Aderir a fontes renováveis de energia é uma das formas mais importantes para diminuir os impactos ambientais futuros durante a sua reforma. “Essas fontes são consideradas limpas, pois não emitem, durante a geração de energia, gases poluentes para a atmosfera, que contribuem para o aumento do efeito estufa”, comenta Iza.
Na reforma de casas, considere as condições climáticas e geográficas antes de optar por uma ou outra fonte de energia.
Áreas com muita incidência de sol são mais viáveis para a energia solar, enquanto em regiões com ventos fortes, a eólica pode ser mais adequada.
Em apartamentos, pode ser necessário recorrer a uma solução compartilhada, como as placas solares instaladas em áreas comuns.
“Em todos os casos, é importante verificar as regulamentações locais para instalação de sistemas de energia renovável em condomínios e apartamentos, bem como as normas de segurança para instalação e manutenção dos sistemas”, afirma a engenheira civil.
Além de usar energia renovável, existem outras formas mais simples para tornar seu lar mais sustentável. “Quando o assunto é iluminação, o caminho passa pela adoção do LED, que é mais eficiente e tem uma vida útil mais longa, e pelo maior aproveitamento da luz natural. Isso pode envolver a instalação de novas janelas ou a remoção de barreiras que bloqueiam a luz”, diz Franklin.
• 5. Ressignificação
Por vezes, quebrar paredes, trocar portas ou esquadrias é algo inevitável na reforma. Contudo, móveis e eletrodomésticos não precisam parar na caçamba. “Você pode dar nova função a uma peça mudando a sua cor e o seu uso. Uma penteadeira, por exemplo, pode sair do quarto, ganhar uma camada de tinta e virar um aparador ou bar para uma sala de jantar ou um espaço para café no escritório, por exemplo”, comenta a decoradora Renata Gomes.
Caso opte por substituir um eletrodoméstico, certifique-se de que ele tenha o destino correto. O projeto Descarte Ecológico, da Brastemp, oferece a coleta de eletrodomésticos que não tem mais utilidade no local escolhido pelo consumidor e dá um destino correto ao produto.
Através do Eco Troca1, a Samsung oferece ao consumidor a possibilidade de trocar seu equipamento – de qualquer marca e em qualquer condição – por um cupom de desconto na compra de um novo produto.
Um pouco de cada um é muito para o planeta. Concorda?
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Fonte: Casa e Jardim