5 ERROS COMUNS DE QUEM MORA EM APARTAMENTOS PEQUENOS

Muitas vezes, antes de construirmos uma casa ou comprarmos o nosso apartamento, nosso pensamento é: preciso de espaço. Muito espaço! Mas, a verdade é que, quanto mais espaço, mais coisas compramos e mais coisas acumulamos.

Você já tentou perceber se você usa tudo o que tem?

Tente. Se você concluir que “não”, você também concordará que para se ter uma vida boa não é necessário ter uma casa grande, nem muitos móveis, nem muitas coisas.

É isso que defende o arquiteto Graham Hill, fundador da Life Edited, uma empresa de design para quem mora em espaços pequenos. “Estamos confundindo espaços grandes com qualidade de vida”, resume o profissional, que ajudou a projetar apartamentos de 19 m² em São Paulo e vive em um de 38 m², em Nova York.

Confira as dicas de Hill.

01.

ERRO: Não planejar a casa de acordo com suas necessidades. Se você recebe visitas raramente, as cadeiras a mais na sala apenas desperdiçam espaço. Vale à pena encontrar-se com os amigos e parentes em um parque ou restaurante. Caso nunca leia os livros que guarda, vale à pena doá-los e liberar espaço nas prateleiras.

COMO EVITAR: Faça escolhas. “Você precisa decidir o que é mais importante para você”, diz Hill. Reflita sobre seu estilo de vida e escolha quais objetos vale à pena manter e quais funções a casa deve comportar. Se você não souber suas reais necessidades, perderá espaço e qualidade de vida.

UM BOM EXEMPLO: Sala integrada à cozinha. Para aumentar o espaço, a arquiteta Maristela Bernal abriu mão das divisórias entre sala e cozinha. Integrar sala de estar, cozinha e home-office significou, é claro, abrir mão das fronteiras entre esses cômodos.  O espaço de 14,5 m² fica em um apartamento de Salvador.

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02.

ERRO: Comprar por impulso. Quem compra em excesso acaba tendo que disputar enfeites e móveis que não usa nunca.

COMO EVITAR: Antes de comprar, pergunte-se se realmente precisa do objeto.  E se a necessidade for emocional? “Você precisa mudar essa necessidade, caso vá viver em um espaço pequeno”, afirma o arquiteto Graham Hill, especializado em espaços pequenos.

UM BOM EXEMPLO: Quarto de duas irmãs. Poucos móveis deixam bastante espaço para duas meninas de 8 e 11 anos brincarem nesse quarto pequeno de Curitiba. As arquitetas Helaine Pinterich e Ester Kloss projetaram o ambiente.

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03.

ERRO: Manter eletrodomésticos pouco usados. A não ser que você seja aficionado por massas resista à tentação de ter um fazedor de pães, por exemplo. A mesma regra vale para a máquina de fazer pipoca, sorvete ou crepes. Dependendo do seu estilo de vida, vale à pena abrir mão até do forno!

COMO EVITAR: Use os serviços da cidade. Apartamentos no centro da cidade costumam ser pequenos por causa do alto preço dos terrenos, valorizados por comércio e infraestrutura nas proximidades. Em vez de gastar espaço, use serviços como rotisserias, padarias e o pipoqueiro.

UM BOM EXEMPLO: Cozinha em apartamento de 49 m². Feita para um casal sem filhos, esse apartamento trocou o excesso de eletrodomésticos por espaço. As cores claras ampliam o ambiente. A arquiteta Karla Madrilis projetou o espaço em Brasília.

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04.

ERRO: Exagerar no número de estantes abertas. Prateleiras abertas e preenchidas com objetos coloridos tornam o ambiente visualmente pesado. Elas diminuem a sensação de amplitude – por isso, dose-as bem.

COMO EVITAR: Cubra as prateleiras. Instale armários com portas de cores claras e sem estampas. Se a marcenaria não couber no orçamento, cubra-as com cortinas. “Superfícies lisas tornam o ambiente menos claustrofóbico”, diz Hill.

UM BOM EXEMPLO: Home-office em apartamento. A arquiteta Paula Fiegenbaum combinou prateleiras com enfeites e armários protegidos por portas brancas nesse espaço. Assim, o canto de trabalho tem um visual leve e parece maior. O espaço faz parte de um apartamento de 92 m² projetado para um jovem casal em Lajeado (RS).

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05.

ERRO: Abusar das luminárias de chão. Essas peças costumam roubar preciosos centímetros quadrados e, com frequência, precisam de mais espaço para ser admiradas.

COMO EVITAR: Adote lâmpadas no forro. Assim como as luminárias de chão, as lâmpadas embutidas e spots (pequenos canhões de luz) permitem criar ambientes de iluminação variados.

UM BOM EXEMPLO: Sala de estar. Esse apartamento de Belo Horizonte consegue diferentes efeitos de iluminação graças a uma sanca iluminada e fileiras de luminárias embutidas no forro. Interiores criados por Clarice Andrade, da Projettar Design de Ambientes.

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Por que viver com menos?

O canadense aprendeu a viver com pouco depois de, quem diria, lidar com o excesso. Hill ficou milionário antes dos 30 ao vender a empresa que fundou, uma consultoria de internet. Comprou um casarão na cidade de Seattle, Estados Unidos. Preencheu com móveis e eletrodomésticos. Comprou dois carros e uma infinidade de aparelhinhos eletrônicos. Mudou-se para Nova York, onde alugou um loft descolado. Até contratou um personal shopper.

Nesse período, o empresário descobriu que novidades perdiam rapidamente a graça rápido, mas exigiam constante energia para manter, transportar e gerenciar. A lição ficou clara depois que resolveu viajar pelo mundo com Olga, uma bela andorrana. Ele se descobriu feliz da vida longe de seus bens – morando em diferentes cidades do mundo e carregando apenas roupas, laptops e produtos de higiene nas viagens.

Quando o namoro acabou, o arquiteto resolveu simplificar a vida. Vendeu a casa (não sem muita burocracia) e se mudou para outro apartamento em Nova York, dessa vez com 39 m². No espaço, trabalha e recebe até doze amigos – dois podem passar a noite por lá.  O apartamento teve tanta atenção da imprensa que Hill abriu a Life Edited.

Que história interessante, não?

Às vezes, precisamos de apenas um empurrãozinho para mudarmos nossos hábitos.

Fonte: Casa Claudia


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