Aquecimento solar: tecnologia a serviço da sustentabilidade

Energia proveniente do sol é considerada uma alternativa promissora para gerar economia e auxiliar na preservação do meio ambiente

Unir tecnologia com sustentabilidade para gerar economia e auxiliar na recuperação da natureza: esses são os principais objetivos do Sistema de Aquecimento Solar (SAS). De acordo com informações do Ministério do Meio Ambiente (MMA), cuja missão é promover a adoção de estratégias para o uso sustentável dos recursos naturais, a energia proveniente do sol é não poluente e inesgotável – assim como a eólica e a do mar –, além de ser considerada uma alternativa promissora para vencer os desafios da expansão da oferta energética.

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As pesquisas sobre o uso de fontes de energia renováveis são realizadas no Brasil desde a década de 1960. Atualmente, segundo informações do Departamento Nacional de Aquecimento Solar (Dasol), há dois anos o país atingiu a marca de 7,14 milhões de metros quadrados de coletores solares instalados, passando a ocupar, conforme critérios da Agência Internacional de Energia (IEA), a quinta posição mundial em capacidade solar – ficando atrás apenas da China, dos Estados Unidos, da Alemanha e da Turquia. Os dados indicam, ainda, que, por meio dos sistemas tecnológicos que fazem uso da energia solar, são aquecidos diariamente 150 milhões de litros de água.

Essas informações vão ao encontro da constatação do Dasol de que o papel do aquecimento solar é indiscutivelmente reconhecido no Brasil como medida efetiva de eficiência energética. Durante um ano, por exemplo, cada metro quadrado de coletor solar instalado para aquecer a água – tendo em vista que o chuveiro é um dos principais responsáveis pelo alto consumo de energia elétrica – equivalem a 56 metros quadrados de áreas inundadas (hidrelétricas), 215 quilos de lenha, 66 litros de diesel e 55 quilos de gás. Ou seja, até o final de 2011, a economia energética do país correspondeu a 517 toneladas equivalentes de petróleo e 1,59 toneladas equivalentes de CO².

Para Fábio da Silva, gestor da Tecnosol – empresa jaraguaense que atua na fabricação de coletores solares e é a responsável pelos projetos de aquecimento solar da Proma Incorporações –, a adesão ao SAS está se tornando mais comum porque os consumidores estão modificando o comportamento a partir da perspectiva de que a energia elétrica no Brasil está se tornando cada vez mais cara e escassa. Entretanto, diante dos níveis extremamente altos de irradiação solar incidente no país, os números ainda são inexpressivos, tendo em vista, que, de acordo com o Dasol, apenas 1,5 % dos lares brasileiros são beneficiados com o aquecimento solar.

Com base nos dados do relatório “Um banho de sol para o Brasil”, do Vitae Civilis – Instituto para o Desenvolvimento, Meio Ambiente e Paz –, o país, por sua localização e extensão territorial, recebe energia solar da ordem de 1013 MWh (megawatt-hora) anuais, o que corresponde a cerca de 50 mil vezes o seu consumo anual de eletricidade. “Isso significa que, se conseguíssemos captar toda a luz do sol disponível no território nacional, teríamos 50 mil vezes mais energia do que a população consome. É preciso salientar que a energia elétrica nunca vai ser substituída totalmente, mas precisamos encontrar alternativas para auxiliar na demanda e o SAS é, com certeza, uma delas”, explicita Silva.

Desse modo, fica evidente a importância da energia solar para o sistema elétrico brasileiro – tanto no âmbito socioeconômico, quanto sustentável. “O Brasil já avançou muito nesse sentido. Inicialmente, com os incentivos fiscais do governo que beneficiaram a produção e o uso de energias alternativas e, mais recentemente, com a criação de políticas públicas para a disseminação dessa tecnologia. Muito ainda precisa ser feito, mas estamos caminhando para o desenvolvimento das iniciativas que preveem o uso do aquecimento solar”, afirma Silva.

No ramo da construção civil, a qualidade e a localização do empreendimento aliadas à preocupação com o meio ambiente são, cada vez mais, fatores imperativos para atrair novos moradores. “Em Jaraguá do Sul, a Proma já fornece água quente nos apartamentos dos condomínios residenciais Piemonte, Vernon e Villeneuve por meio de sistemas tecnológicos de energia solar para água de consumo (banheiro, cozinha e lavanderia). A intenção é que, de forma planejada, as construções vão se adequando a esses novos sistemas”, afirma o engenheiro Paulo Obenaus, diretor da construtora. Para Silva, a Proma está à frente no cenário da região no uso do SAS em prédios residenciais.

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Entre as iniciativas sustentáveis das obras da Proma, destaca-se também a iluminação natural nos apartamentos por meio de janelas que vão do piso ao teto, o comando de luzes de áreas comuns com sensores de movimento e fotocélula, a reserva de água de chuva para lavação e irrigação das áreas verdes, além da iluminação dos jardins com lâmpadas de LED (mais duradouras, eficientes e econômicas).


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