Comprar o primeiro imóvel é motivo de alegria e ansiedade, afinal, a realização do sonho da casa própria está diretamente ligada ao orçamento e ao planejamento pessoal ou familiar. Para isso, é necessário analisar as propostas das construtoras e imobiliárias, pesquisar, pensar e reunir as informações para que tudo saia conforme o planejado. Imprevistos, nesses casos, nunca são bem-vindos.
O primeiro passo, segundo os especialistas, é verificar todas as despesas de acordo com o salário mensal e, a partir daí, identificar o valor máximo que poderá ser destinado para as prestações de um apartamento. Em seguida, deve-se escolher um imóvel que vá ao encontro dessa perspectiva financeira.
Para auxiliar você, separamos dez dicas que devem ser consideradas antes da aquisição do primeiro imóvel. Confira!
O que considerar antes de fazer um financiamento de imóvel
1 – Coloque todas as despesas no papel para saber qual o valor máximo das prestações. Não comprometa mais do que 30% da renda.
2 – No site de um banco, simule como ficaria o financiamento do imóvel pretendido. Quando for fechar o negócio, peça antes uma planilha do banco com a projeção de todas as parcelas do financiamento, incluindo as taxas extras e os seguros que compõem a prestação.
3 – Escolha o financiamento de acordo com a possibilidade para arcar com as prestações. Nessa etapa, é importante fazer cálculos e comparar as linhas de crédito imobiliário disponíveis no mercado. Hoje, as modalidades para financiar a casa própria são pelo sistema de consórcio, SFH (Sistema Financeiro da Habitação), SFI (Sistema Financeiro Imobiliário), programa Minha Casa Minha Vida ou direto com a construtora.
4 – Atente-se para as taxa de juros, pois o percentual cobrado será baseado em cima da maior renda de quem participa da composição do financiamento – caso houver mais de uma pessoa.
5 – É recomendado dar preferência aos contratos com uma taxa de juros fixa mais a TR (Taxa Referencial), ou seja, pós-fixada e pelas correções feitas pela tabela SAC ou SACRE na hora do fechamento do contrato. Parcelas decrescentes e juros menores ganham diferencial competitivo diante da tabela Price e das taxas pré-fixadas.
6 – Economize parte da renda. A quantia poupada vai ser fundamental para dar uma boa entrada ao adquirir a propriedade. O ideal é que cada um – caso a compra seja feita em casal – tenha 15% do valor total do bem na hora de fechar o negócio.
7 – A utilização do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) pode ser uma boa alternativa para dar entrada no imóvel, amortizar o saldo devedor a cada dois anos ou até mesmo quitar a moradia. Além disso, será essencial para se precaver contra imprevistos, que podem comprometer o pagamento das prestações.
8 – Se a compra for feita em conjunto, defina a porcentagem da participação de cada um. Para isso, é importante colocar por escrito os direitos dos dois a fim de evitar surpresas e brigas futuras em virtude de separação, corte de renda ou morte de um dos cônjuges. Porém, se o casal for unido pelo casamento no regime da comunhão parcial de bens, mesmo que o imóvel seja comprado no nome de apenas um dos parceiros, o outro terá direito a 50%.
9 – Tome cuidado com o seguro MIP. No caso de um dos proponentes do financiamento falecer ou ficar inválido, a cobertura será proporcional ao percentual da participação do segurado. Por exemplo, se o marido for responsável pela metade do pagamento e vier a morrer, apenas a sua parte do saldo devedor será quitada.
- Consulte um advogado para sanar dúvidas. A opinião do profissional pode ser essencial.
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Fonte: Revista Pense Imóveis